É difícil avaliar financeiramente o equipamento. Primeiro, porque foi feito aos poucos e por partes - as contas foram se perdendo ao longo desse período -, e, segundo, porque tem muito trabalho nosso que, terceirizado, sabe-se lá quanto se somaria...
Bancada - Esta bancada foi montada, predominantemente, com material de caçamba. Apenas os parafusos e a tinta/Stein foram comprados; valor baixíssimo para construí-la. A mesa é uma porta de guarda-roupa e os pés são pedaços de caibros. A mesa foi pintada com tinta acrílica – 3 demãos –, e os pés foram todos lixados e envernizados com Stein, o qual cria uma boa película protetora, fazendo as vezes da pré-pintura e acabamento ao mesmo tempo. Todos os encaixes são realizados através de parafusos. Para maior dinâmica, já que ao término das brassagens desmontamos tudo e guardamos em forma mais compacta, apenas os parafusos de cima dos pés são tirados para a entrada do quadrado de apoio da tampa), um apoio fundamental para tudo que faremos nesse longo – e extremamente prazeroso – dia de trabalho.
Moinho - Nosso moinho é da marca Mimoso, a qual está se mostrando boa para nós. Já procuramos pela Bottini, que não nos pareceu com bom acabamento e disposição dos discos. Adaptou-se bem à moagem do malte.
É preciso fazer os ajustes a cada tipo de malte, pois entre o malte pilsen (mais claro) e o malte carafa III (mais escuro) há uma diferença na resistência do grão: entre o mais claro e o mais escuro não temos uma curva uniforme ascendente em termos de resistência, mas com um ápice antes dos maltes mais torrados, pois estes tendem a esfarelarem-se com a moagem.
Como anteparo ao malte moído usamos uma assadeira comum que, após cheia (2 a 3kg de malte), tem seu conteúdo colocado em um balde.
Panelas - as 3 de alumínio; duas têm capacidade para 63 litros e a outra para 30 litros. Isso rende um mosto de apronte de 35 a 40 litros. Nas maiores foi feito um furo com a serra copo (qual a medida dela?) para fixar uma válvula extratora e, em uma delas, um espigão (qual medida mesmo?), o qual foi importante como ponto de conexão à mangueira de silicone no momento de transferir o mosto à panela de fervura (ver página Brassagem).
Essa válvula extratora é importante para escoar o mosto. Na verdade, as duas panelas da mesma litragem não são iguais, elas desempenham funções diferentes: uma seria a panela de cozimento e a outra a panela de fervura. Assim, a válvula extratora é funcional para a panela de cozimento, pois esta terá um fundo falso que será responsável por conter o malte (filtrando) no momento em que o mosto for passado (após clarificado - ver Brassagem) à panela de fervura. Esta não necessariamente precisa de uma válvula extratora, pois o mosto final será trasfegado por cima para os barriletes de fermentação.
Fundo falso feito em inox sob medida, em uma metalúrgica que faz peças de inox (cerca de R$200,00)
Percebam a altura, como ele tem sua teia de filtragem logo acima da válvula extratora.
O fogareiro a ser utilizado deve ser resistente. Há vários fogareiros com uma estrutura de metal (alumínio?) que pode não aguentar, com o tempo, o peso da panela nas sucessivas brassagens. Em vista disso, utilizamos um modelo jack wall de alta pressão feito em ferro fundido, acoplado a um botijão comum. E o acendedor é o da Vó mesmo!
Proveta, densímetro e termômetro |
Pá Cervejeira |
Chiller - é um sistema de resfriamento do mosto. Feito de tubo de cobre (qual a medida mesmo?), foi enrolado manualmente, sem crise, apenas prestar atenção às voltas que estão sendo feitas para garantir a harmonia da peça. Em nosso caso, há uma serpentina externa e outra interna, totalizando 16 metros de tubo. Em suas pontas são conectadas mangueiras de silicone, uma de (qual a medida mesmo?) e outra de (qual a medida mesmo?). A primeira, recebe água de uma caixa térmica (cheia de água e gelo) através de uma bomba de máquina de lavar roupas, e a segunda libera água quente, pois houve a troca de calor no sistema. Conforme a temperatura vai baixando, vai sendo possível voltar a água de circulação para a caixa térmica sem abalar a temperatura interna da caixa.
Esta caixa térmica é feita de poliestireno (vulgo isopor), com capacidade para 50 litros. Para dar maior resistência ao material da caixa, passamos em toda a superfície externa uma fita adesiva transparente, daquelas mais largas usadas para selar caixas de papelão (as quais podem também ser encontradas na versão marrom).
Stir Plate - item importante para a propagação de leveduras em um starter. Foi feito a partir de uma ventuinha de 8 polegadas com um ímã de HD (Hard Disk - de computador) em seu centro superior. Foi ligado à ventuinha um potenciômetro para regular a velocidade de giro da ventuinha e, por consequência, do ímã. Esse sistema está em uma caixa de madeira. Sobre ela coloca-se um erlenmeyer com um "peixinho" (barrinha de metal que é atraída pelo ímã) dentro. É importante esse sistema para as leveduras se reproduzirem, pois necessitam de oxigênio, o qual adentra ao líquido (mosto + levedura) através do vórtice formado pelo giro do "peixinho" suscitado pela ação do ímã.
Barriletes e baldes de plástico alimentício. Os barriletes têm a capacidade de 50 litros, e os baldes, de 20 litros. Todos esses recipientes estão aptos a servirem como fermentador ou como maturador. Se fermentador, deve-se utilizar o air lock, um dispositivo que impede a entrada de ar nos recipientes, pois a água que fica dentro desse objeto funciona como uma trava impedindo que o ar de fora adentre, mas permitindo que o ar de dentro (gás carbônico produzido pelas leveduras) saia.
Para os baldes, improvisamos um air lock através de um tipo de squeeze pequeno. Amarramos o squeeze ao lado do balde e uma mangueira de plástico (não necessita silicone aqui, pois o mosto em fermentação não deve entrar em contato com esse material) sai da tampa do balde e vai até o interior do objeto, o qual estará até a metade com água para que funcione como a trava de ar.
Freezer com termostato para controle de temperatura |
Cerveja pronta, e aí? Engarrafamos ou colocamos nos post-mix.
Post-mix, cilindro de gás, conexões e mangueiras |
Para tanto, precisamos de garrafas limpas e sem rótulos e do post-mix, o qual permitirá carbonatar (colocar gás carbônico) a cerveja de maneira forçada e tirá-la sob pressão (no formato chope), o que requer um cilindro de gás carbônico com suas respectivas conexões, mangueiras e torneiras.
Tampadora |
Tampinhas |
Produtos de limpeza
Para manter a assepsia do nosso equipamento são necessários alguns produtos de limpeza:
No alto: escova de limpeza de garrafas;
A partir da esquerda: frasco aspersor de álcool 70°GL, ácido peracético - utilizado para sanitizar os barriletes ou baldes que receberão o mosto para fermentação ou para maturação, bem como as garrafas antes de engarrafar -, álcool 70°GL - para desinfectar o termômetro que será mergulhado no mosto após a fervura para controle de temperatura para inoculação do fermento -, água sanitária - na diluição de 200 ml para cada 50 litros, funciona muito bem para sanitizar os elementos de plástico alimentício no final do expediente de uso para que esteja limpo para a próxima brassagem.
Ficou muito legal seu fundo falso!
ResponderExcluirVocê poderia passar o contato da metalúrgica onde fez a encomenda? Obrigada.
Gostei do balde fermentador, você poderia indicar onde posso comprá-lo? Obrigado.
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